O território do concelho de Benavente situa-se no domínio ecológico sub-mediterrânico, numa zona de mosaico de montado e campina, e de terrenos alúvio-mediterrânicos de natureza hidromórfica, com características naturais de pauis e sapais, em parte empregues na orizicultura ou noutras culturas de regadio mediterrânico.
Reserva Natural do Estuário do Tejo
A Reserva Natural do Estuário do Tejo (RNET) é composta por cerca de dois terços de águas estuarinas e abrange território pertencente aos concelhos de Alcochete, Benavente e Vila Franca de Xira.
Saiba mais em:
http://www2.icnf.pt/portal/ap/r-nat/rnet/class-carac
Montados de Quercíneas
Estas formações são povoamentos arbóreos relativamente abertos de árvores do género Quercus sp., que abrigam um conjunto diversificado de unidades florísticas, quer em extensas manchas com sub-bosque e com elevado valor florístico e fisionómico, ou em grandes extensões sem vegetação arbustiva, sob a forma de pousio-pastagem com um valor florístico reduzido.
São estas formações que compõem a maior parte da mancha florestal do concelho e sustentam um património cinegético muito elevado.
Biótopo Campos/Searas
O extenso biótopo Campos/Searas que atinge um índice ecológico de valorização próximo do atingido pelo pinhal ou pelas áreas húmidas.
Nos campos, as comunidades orníticas apresentam os valores máximos. Este resultado poderá ser explicado pela presença de espécies escassas ou pouco abundantes, que ocorrem tipicamente neste tipo de meio e pela utilização deste meio como habitat de alimentação, por parte de espécies ubiquísticas.
Zonas de Pinhal Manso
Estas formações, embora sejam áreas intervencionadas, apresentam um valor ecológico elevado no contexto local e mesmo regional.
A presença do sobreiro e do sub-bosque, que o acompanha, confere-lhes características de transição que se manifestam nas fitocenoses e zoocenoses presentes.
Vales Aluvionares
Em áreas significativas, os vales aluvionares ligados aos rios Tejo, Sorraia e Almansor (Ribeira de Santo Estevão) funcionam como autênticas ilhas ao interromperem a secura característica dos montados. A zona ribeirinha, que acompanha o Tejo e todas as áreas encharcadas, constituem as zonas de maior diversidade biológica. As formações de galeria que envolvem as margens dos rios, constituem em termos florísticos, uma zona de valor conservacionista médio que servem de suporte a zonas de valor conservacionaista elevado, no que respeita á fauna, pois estas constituem bons locais de refúgio, nidificação e alimento para diversas comunidades. Esta zona é marcada, em termos ecológicos pela presença de biótopos húmidos de elevado valor ornitológico.