Ana Cláudia Santos, uma jovem de 25 anos, natural de Benavente, é uma das finalistas do concurso promovido pela NiT, TVI e Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, edição New Talent, que elege os melhores jovens talentos de Portugal na área do lifestyle. O prémio para o escolhido será de 10 mil euros, que permitirá dar um bom apoio ao desenvolvimento de um projeto pessoal.
A jovem Ana foi abordada por uma repórter da revista NiT que a convidou a entrar neste Concurso, repto que aceitou de imediato. O objetivo era encontrar jovens que se tivessem destacado nas suas áreas artísticas.
Ana Cláudia Santos tem o seu trabalho muito presente nas redes sociais e no site https://www.anaclaudiasantos.com/ e lançou o livro de poesia “Meia Vida”, todo editado por ela e ilustrado pelo artística plástico de Benavente, João Massano.
Quando começa a paixão pela Poesia
“Eu escrevo desde sempre, desde pequenina, mas a poesia entrou na minha vida mais ou menos aos 13, 14 anos, quando eu descobri Fernando Pessoa. Foi aí que comecei a escrever poesia, porque antes eu escrevia sobretudo textos narrativos, mas percebi que pela poesia eu conseguia me expressar muito mais, porque não há regras”.
Ana Cláudia apela ao voto no seu sonho
A vitória neste Concurso pode mudar a vida de Ana Cláudia a nível profissional. Na realidade, a jovem quer mesmo ser poeta, viver da poesia e organizar sessões de poesia em que possa pagar aos poetas participantes, “porque o trabalho do poeta ainda não é levando muito a sério, não é visto como um profissional”. Quer poder formar a sua própria equipa, pagar publicidade, marketing, remunerar as pessoas do sistema de som e assumir todos os custos.
“Eu tenho trabalhado e esforçado muito para me tentar desenvolver enquanto poeta e enquanto produtora de eventos de poesia e mudar um bocadinho a poesia em Portugal. Por isso votem em mim, por favor”, apelou.
Poema de Ana Cláudia Santos dedicado ao poeta Mário de Sá Carneiro
Coveiro
Meu querido Mário de Sá Carneiro
Tu tinhas razão a literatura é maldita
A literatura é maldita meu querido Mário de Sá Carneiro
Ela pegou em mim e deixou-me ao frio no mais nítido nevoeiro
Acordo pensando nela logo sentindo-lhe o cheiro
Não há nenhum pensamento que me venha primeiro
Senão a maldita literatura o tempo inteiro
A maldita tirou-me e não me vai dar dinheiro
Sinto-a
Desejo
Sinto por ela um amor verdadeiro
Mas meu Mário de Sá Carneiro,
O amor dela é traiçoeiro
Tirou-me a simplicidade do frio de janeiro
Introduziu-me no mundo do meu primeiro feiticeiro
A literatura mudou o meu roteiro
Amarrou-me é o meu coveiro
A literatura é o meu coveiro
É o meu companheiro
A literatura quando tudo está negro é o meu candeeiro