Recordamos “Palácio do Infantado, uma casa com história”
O Palácio do Infantado foi também o Palácio de D. Miguel e ainda o Palácio da Companhia, é um edifício de relevo maior em Samora Correia quando nos referimos ao património histórico e arquitetónico, mas o seu significado ultrapassa largamente esta dimensão, assumindo-se como referência na identidade de Samora Correia.
Recordamos hoje a exposição “Palácio do Infantado, uma casa com história”, pretende levar-nos através das vivências e das histórias deste edifício desde o século XVII até hoje. Foi casa de campo da família real, beneficiando de alguma proximidade a Lisboa, para repouso de nobres que se deslocavam para as caçadas. Mais tarde, esta residência aristocrática adaptou-se a uma nova função, passando a espaço de trabalho enquanto sede da Companhia das Lezírias. Posteriormente, foram aqui instaladas residências permanentes de alguns trabalhadores da Companhia. Mas para as gentes de Samora Correia, o edifício encerrava em si mistérios, nunca se abrindo ao exterior e, as portas fechadas, sugeriam sempre histórias e encantos.
O dia do incêndio devastador
Cerca das 17.30 horas do dia 16 de novembro de 1976, um fumo intenso vinha anunciar a tragédia. Os samorenses acorreram e viram as chamas que devoraram o seu palácio. “O Palácio está a arder!!!…”
O dia seguinte terá sido marcado por olhares pesados perante a destruição e iniciou-se aqui uma longa espera pelo desejo de o ver recuperado.
A recuperação do edifício do Palácio
Quase 20 anos depois do incêndio, em 1994, através de parceria com a Câmara Municipal de Benavente, deram-se inicio às obras reconstrução do Palácio. Os trabalhos foram assumidos pela autarquia em regime de “administração direta”, respeitando as condições previamente estabelecidas com a Companhia das Lezírias. Em 1998, abre finalmente as suas portas à população, no dia 25 de abril.
A fachada foi recuperada, conservando o desenho original, composta de paredes lisas rasgadas apenas por inúmeras janelas, sendo as do primeiro piso janelas de sacada com varandas e está classificada como imóvel de interesse Municipal.
Hoje. O Palácio é por excelência uma casa de todas as histórias, um espaço pleno de vida, de criação e de cultura.