Como se trabalhava nos hospitais há mais de 40 anos?
No Dia Mundial da Saúde, falámos com a enfermeira (reformada), Maria Adelaide Batista. Há mais de 40 anos, tudo era diferente na saúde: “Eu lembro-me que começaram a aparecer equipamentos, ao nível de ventilação, por exemplo, nós desmontávamos os ventiladores, lavávamos, iam a esterilizar e eram montados, peças sempre reutilizáveis”.
Como é que está a saúde em Portugal?
Segundo Adelaide Batista, “apesar de toda a gente achar que não há meios, há muitos meios. Em relação à minha experiencia, há imensos meios. Já na altura se falava que a saúde seria um grande negócio. Eu lembro que começaram a aparecer equipamentos, quer a nível de ventilação, por exemplo, nós desmontávamos os ventiladores, lavávamos, iam a esterilizar e eram montados, peças sempre reutilizáveis. Começaram a aparecer os circuitos descartáveis, portanto, hoje fazer isso que nós fazíamos é impensável”.
O surgimento do sistema do pré-hospitalar
“Quando eu estive na urgência iniciava-se o sistema do pré-hospitalar, o sistema de CODU passou a ser implementado, que é o Centro Operacional de Doentes Urgentes . Funcionava da seguinte forma: havia uma campainha e quando a campainha tocava íamos perguntar o que era, isto foi o inicio, e as pessoas lá diziam, que eram bombeiros, ainda não havia formação de emergência, e dizia: é um sinistrado, tem as pernas partidas, ou bateu com a cabeça, ou é um envenenado, ou parece ser um doente cardíaco, e então uma equipa estava pronta receber aquele doente e faziam-se os procedimentos normais que hoje se fazem na ambulância do INEM.