No mês de março celebramos a Mulher, suas conquistas e lutas no caminho por vezes mais tortuoso e pouco linear no sentido da igualdade e da justiça. Até ao fim do mês propomos algumas entrevistas a mulheres que têm uma ação preponderante no combate à Pandemia. Hoje, a convidada é Liliana Ciobanu, médica, Delegada de Saúde Local.
É oriunda da Moldávia, onde estudou medicina, e está em Portugal desde 2012 onde realizou a segunda especialidade em Saúde Pública.
Afirma que só no inicio da adolescência e da juventude sentou alguma discriminação por ser mulher, mas foi ganhando cada vez mais defesas contra as austeridades deste mundo e acabou por não sentir muitas vezes essas discrepâncias.
Ainda faz sentido esta luta das mulheres?
Segundo Liliana Ciobanu, o mundo mudou mas ainda está em mudança. Não mudou por completo, pois a desigualdade entre géneros existe. “Esta perceção é minha, como mulher que sempre estudei, que para além de estudar e de me formar profissionalmente sempre quis manter a minha feminilidade, a minha vida pessoal, a minha maternidade, e realmente isto lida com mais atribuições como mulher comparativamente com o Homem”.
Mensagem para todas as mulheres
É importante que sejam fortes, resilientes, lutem por aquilo em que acreditam, nunca deixem de ser mulheres em qualquer contexto, porque a luta da mulher é muito mais consistente do que a do homem, porque o homem já se afirmou mais facilmente na profissão, a mulher com outros aspetos da vida social a seu cargo, tem menos tempo para se desenvolver pessoalmente. Por isso, nunca desistir, sempre a mostrar as capacidades e ir em frente, ter objetivos e ser feliz.
Entrevista: Joaquim Salvador